terça-feira, 29 de julho de 2014

Dia 16 - Último macth day = eu quero mais Copa!

Dia 26 de junho de 2014. Rússia versus Argélia, um dia resumido em aperto no peito, lágrimas, palavras bonitas, trabalho puxado e muito amor. No jogo mais válido dos quatro acontecidos na arena, Rússia precisava da vitória para passar às oitavas, Argélia precisava do empate. Trabalhei na tribuna novamente nesse jogo. Subimos às 13h30, o jogo era às 17h. Consegui dar uma passeada pela praça onde peguei mais alguns broches para minha credencial. Tirei fotos com falsos russos, que na verdade eram brasileiros fantasiados. O clima no centro de voluntários era maravilhoso nesse último match Day. Mesas do refeitório lotadas, o CD do dia era de Seu Jorge, emoção em cada sorriso e cada bom dia que eu recebia e fornecia. 

Hora da partida. Muitos repórteres que só falavam em francês e mesmo assim entendiam meu olhar disposto a ajudá-los. A torcida argelina estava incrível, levaram até sinalizadores, cantavam “1,2,3, VIVA ARGERIE”, e junto aos 11 jogadores empataram a partida, eliminando a Rússia do Mundial. Um torcedor conseguiu ultrapassar a barreira de Stwearts e abraçar um dos jogadores em plenos acréscimos do segundo tempo. O juiz paralisou a partida e finalizou o jogo. Teve jornalista que quase me abraçou de emoção. Ganhei mais um broche de um repórter uruguaio, estava feliz. A vitória da Argélia foi minha vitória, e a emoção era pelo último apito final que ouviria ao vivo nessa Copa. 

De volta ao SMC, fui convocada a fazer meu último mag and bag, que me privou da diversão de fotos conjuntas no gramado da arena. Às 22h tivemos nosso último briefing com Leo e Manu, e com todos os voluntários de operações de imprensa. O clima era, inevitavelmente, duro e de despedida. Presenteamos os estrangeiros do grupo, que nos proporcionaram palavras incríveis. Ouvimos o agradecimento de nossos coordenadores. Abraçamos. Choramos. Sentimos a dor que nos esperava. Vimos a necessidade de uma recuperação pós-copa. 

Bom, depois disso subimos no centro de voluntários, onde estava tendo a festa da Budweiser para nós. Mas quando digo “nós”, devo excluir os voluntários de mídia, que ficaram trabalhando até 23hr e não chegaram a tempo da festa, o que não fiz a mínima questão, pois estava bem lamentável. Bom, saímos de lá, como família que somos, e fomos numa churrascaria, comemos bem, nos divertimos e marcamos o churrasco de amanhã, o da despedida final. 






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