Dia 26 de junho de 2014. Rússia versus Argélia, um dia
resumido em aperto no peito, lágrimas, palavras bonitas, trabalho puxado e
muito amor. No jogo mais válido dos quatro acontecidos na arena, Rússia
precisava da vitória para passar às oitavas, Argélia precisava do empate.
Trabalhei na tribuna novamente nesse jogo. Subimos às 13h30, o jogo era às 17h.
Consegui dar uma passeada pela praça onde peguei mais alguns broches para minha
credencial. Tirei fotos com falsos russos, que na verdade eram brasileiros
fantasiados. O clima no centro de voluntários era maravilhoso nesse último
match Day. Mesas do refeitório lotadas, o CD do dia era de Seu Jorge, emoção em
cada sorriso e cada bom dia que eu recebia e fornecia.
Hora da partida. Muitos
repórteres que só falavam em francês e mesmo assim entendiam meu olhar disposto
a ajudá-los. A torcida argelina estava incrível, levaram até sinalizadores,
cantavam “1,2,3, VIVA ARGERIE”, e junto aos 11 jogadores empataram a partida,
eliminando a Rússia do Mundial. Um torcedor conseguiu ultrapassar a barreira de
Stwearts e abraçar um dos jogadores em plenos acréscimos do segundo tempo. O
juiz paralisou a partida e finalizou o jogo. Teve jornalista que quase me
abraçou de emoção. Ganhei mais um broche de um repórter uruguaio, estava feliz. A vitória da Argélia foi minha vitória, e a emoção era pelo último apito final
que ouviria ao vivo nessa Copa.
De volta ao SMC, fui convocada a fazer meu
último mag and bag, que me privou da diversão de fotos conjuntas no gramado da
arena. Às 22h tivemos nosso último briefing com Leo e Manu, e com todos os
voluntários de operações de imprensa. O clima era, inevitavelmente, duro e de
despedida. Presenteamos os estrangeiros do grupo, que nos proporcionaram
palavras incríveis. Ouvimos o agradecimento de nossos coordenadores. Abraçamos.
Choramos. Sentimos a dor que nos esperava. Vimos a necessidade de uma
recuperação pós-copa.
Bom, depois disso subimos no centro de voluntários, onde
estava tendo a festa da Budweiser para nós. Mas quando digo “nós”, devo excluir
os voluntários de mídia, que ficaram trabalhando até 23hr e não chegaram a
tempo da festa, o que não fiz a mínima questão, pois estava bem lamentável.
Bom, saímos de lá, como família que somos, e fomos numa churrascaria, comemos
bem, nos divertimos e marcamos o churrasco de amanhã, o da despedida final.
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