quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ser hippie é tão nextweek

Mais que um modo de viver, uma cultura, uma busca pela aventura, o desejo de não saber qual direção seguir, ir para qualquer uma e alcançar a felicidade ali mesmo, longe da origem, perto da raiz. O rastafari, o reggae, o dread, tudo se mistura em um conjunto de perfeita sintonia com a natureza. Um amor inexplicável, uma filosofia incomparável.








Aumenta a procura por roupas seminovas


O segmento de brechós ganha, a cada dia, mais espaço no mercado comercial brasileiro. Os interesses variam desde a procura por marcas famosas até a economia na aquisição de produtos. Os espaços que antes eram considerados sinônimos de velharias inutilizáveis, hoje se apresentam como celeiro da moda. 

Além de ser opção para quem procura novas peças para o armário, é alternativa para aqueles que desejam se desfazer de roupas adquiridas há tempos que apenas ocupam espaço nos guarda-roupas. Atualmente, mais de R$5 milhões são movimentados por ano no Brasil pelo setor de roupas e acessórios de segunda mão. Visto como um mercado democrático, os brechós atingem um público alvo variado, alguns atraídos pelo
 preço baixo e outros por peças originais e fantasias, além daqueles que são seduzidos pelo apelo nostálgico, buscando fugir do comum. 

Um ponto que agora é levado em
 conta é o da fugacidade da moda, que torna os produtos ainda mais descartáveis. Renata Secco (21), estudante de Design de Moda na Universidade Estadual de Londrina, comenta a relação que as pessoas, atualmente, têm com seus pertences, "Devido a esse consumo atual, baseado nos produtos fast-fashion, as pessoas compram e não têm nenhuma relação emocional com a peça. A moda está muito efêmera, cria-se assim um círculo vicioso de descarte, sem cuidado sustentável. As pessoas que alimentam os brechós têm um pensamento diferente, se por um lado há aqueles que adquirem produtos em lojas de seminovos, por simples necessidade, há os que vão em busca de um conceito, de peças com uma nova consciência, procurando uma alternativa para a moda vigente". 

Além de economizar
 dinheiro, outra proposta que vem conquistando o mercado atual, principalmente feminino, é a de poupar tempo. O surgimento de brechós virtuais proporcionou a melhora de uma grande dificuldade para os consumidores desse segmento, nas páginas online a visita e a garimpagem é facilitada. Naiá Aiello, dona do blog Moda Possível, que trata sobre a moda de brechós, compõe looks com roupas seminovas e adquiridas em lojas convencionais. 

Após notar o sucesso do blog, apenas com a divulgação de peças por ela adquiridas, a blogueira propôs a criação do site Brechó Possível, o qual vende de roupas de segunda mão. A loja virtual possibilitou a abertura de um novo segmento de mercado, esse composto por clientes sem tempo disponível para fazer uma fazer grande pesquisa nas "araras".