Restaurante de minhas quintas
Toda quinta eu tenho a oportunidade de almoçar
nesse restaurante. É um espaço grande, cercado por árvores e com muitas mesas.
Não posso negar que o local é muito bem frequentado, melhor dizendo, é
demasiadamente frequentado. Sim, forma-se até fila para entrar. Os
administradores do lugar afirmam que espera não é tão grande, porém, como frequentadora
quase que assídua do restaurante, digo, com conhecimento de causa, que
esperamos um tempo razoável até podermos adentrar no maravilhoso recinto
democrático e acessível à grande parte da população.
Quando o adjetivei como acessível, penso que me
contradisse, afinal, esse ano houve uma tremenda inflação no valor dos almoços
e jantares de lá. Foram aproximadamente 23 por cento de acréscimo no preço para
estudantes. Se ainda o aumento fosse revertido em melhoras para a maravilhosa infraestrutura
do refeitório, não haveria porque reclamar. Porém, pensando melhor na situação
atual de minhas quintas-feiras, o restaurante que eu julgava excelente, não é
tão agradável como parecia.
O local é ponto de encontro de um pessoal
jovem, pertencente a diversas áreas do conhecimento. A maioria dos frequentadores
faz parte das exatas, ou biológicas. Alguns estão todos os dias nesse
restaurante e dizem não haver mudança no cardápio semanal, o que faz dos
almoços e jantares algo não muito prazeroso. Para mim, que só tenho o privilégio
de me alimentar lá às quintas, afirmo com sinceridade já ter enjoado do peixe
frito com pirão.
Já ia me esquecendo de informar-lhes o endereço
do restaurante. Ele fica nas redondezas de minha universidade. É conhecido,
carinhosamente, como RU. Para você que ainda não conhece, indico uma visita ao
ambiente um dia desses. Mas lembre-se, se estiver com pressa, chegue lá com
algumas horas de antecedência, pois no nosso restaurante universitário, esperar
menos que uma hora na fila de senhas para adentrar o recinto, é sair de lá como
um vencedor.