terça-feira, 29 de julho de 2014

(De)bate-papo com Dilma Rousseff

Em quase uma hora de conversa, a jornalista Renata Lo Prete entrevistou a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, para o programa GloboNews Eleições, do dia 11 de julho. O bate-papo foi mais parecido como um monólogo da autoridade nacional, em conjunto com a falta de pulso da jornalista que, logo na primeira pergunta, liberou aproximadamente sete minutos para que a presidente divagasse sobre planos e feitos eleitorais. A pergunta era: “Qual a senhora considera ser a marca dos seus quatro anos de governo?”. A resposta foi uma extensa comparação com outros períodos políticos do país, bem como com a situação política de outros países, sempre favoráveis ao Estado brasileiro.
Inclusão social e digital, infraestrutura, agronegócio e economia foram pontos discutidos na entrevista pouco debatida, visto que Renata Lo Prete demonstrava-se acuada, fazendo poucas interferências à autoridade. Dilma comentou sobre os planos de dar continuidade às mudanças sociais as quais o país passa atualmente.De maneira previsível, o programa “Minha casa, minha vida” foi enfatizado como um dos grandes avanços do Brasil para a superação da miséria. O programa “Mais médicos” também foi citado pela presidente.
Sem perguntas que a desafiassem, Dilma fez bom uso da fala e, mesmo quando não questionada, aproveitou para fazer propagandas e dizer suas intenções positivas para mais quatro anos sob o comando do país. Os gastos com a Copa do Mundo também foram tema para um dos questionamentos de Lo Prete. A presidente, como esperado, se defendeu expondo quantias aplicadas em investimentos na saúde e na educação brasileira, durante seu governo.
Entre perguntas mal realizadas e respostas bem planejadas, frente a frente, Renata Lo Prete e Dilma Rousseff conversaram como colegas e pouco contribuíram para esclarecimentos de dúvidas e questionamentos sobre os quatro anos de governo da petista.

Mesmo na Globo, candidato do PSDB não se sente em casa

Como primeiro convidado do GloboNews Eleições, o senador Aécio Neves (PSDB) foi o entrevistado pela jornalista Renata Lo Prete, no dia treze de julhohttp://globotv.globo.com/globonews/globonews-eleicoes/v/globonews-eleicoes-renata-lo-prete-entrevista-aecio-neves-primeiro-bloco/3418164/ . Concorrente à Presidência da República, o candidato da oposição não teve sorte na sexta-feira treze de entrevista. Com perguntas sobre austeridade fiscal, mensalão e distribuição de energia, Renata Lo Prete deixou muitas vezes o senador sem graça, e com pouca argumentação nas respostas.
Mostrando-se mais firme e menos flexível ao entrevistado, quando comparada à entrevista com a presidente Dilma Rousseff, a jornalista Renata Lo Prete fez várias interrupções ao senador que, aparentou estar incomodado e desconfortável. Aécio iniciou afirmando que a base de seu governo será a retomada do ciclo econômico, bem como a liberdade de imprensa e a política fiscal com maior transparência.
O senador estava mais para advogado de Fernando Henrique Cardoso, do que candidato à Presidência. Ele afirmou que grande parte dos resultados positivos da administração petista foi graças a políticas aplicadas desde o governo FHC. Mensalão, programas sociais, inflação e redistribuição de cargos comissionados também fizeram parte do discurso pouco convincente de Aécio Neves.
Em muitos momentos, tentando esconder que se sentia perdido em meio a questionamentos astutos de Renata Lo Prete, o senador comprovava em rede nacional que não estava preparado para responder friamente às indagações da repórter. Pressionado pela jornalista, o candidato do PSDB não sentiu a recepção calorosa, geralmente, oferecida a membros de seu partido na emissora.
Na sexta-feira treze, a GloboNews ainda parecia estar sem um posicionamento de qual o candidato que teria seu voto. Ao final da entrevista, apesar de aparentar amadorismo na disputa pelo cargo, quando questionado, Aécio não hesitou em afirmar que a presidência não é apenas seu desejo, como também seu destino.

Quero mais Curitiba!

Dia 27 de junho de 2014. Last Day! Último dia de vounteer não foi fácil para ninguém. Ajudar a encaixotar coisas, tirar as últimas fotos, pegar presentinhos que sobraram por ali, e pisar pela última vez na Arena da Baixada, minha casa durante esses 20 dias.

Levei meu fichário para que todos pudessem assinar, e eu me lembrar de cada pessoa que mudou minha vida nessa Copa do Mundo. Fomos almoçar no Shopping, todos juntos, para depois irmos à casa da Siumara, voluntária que cedeu o salão de festas de seu apartamento para fazermos nosso derradeiro churrasco.

Chegamos lá às 17h. A ficha caiu. Eu, que não derramei uma lágrima ontem, hoje não me segurei ao ter de dar tchau a um dos meus melhores amigos desse período, e uma das pessoas mais contagiantes que conheci. Solucei de chorar. Tiramos muitas fotos e, a cada despedida, o coração ficava mais apertado pedindo para que aquela noite pudesse durar por mais muito tempo.

Brindamos, conversamos, e deixamos claro que aquele não seria nosso último encontro. O último churrasco, o último dia, com certeza um dos que eu mais vou me lembrar para sempre. A energia da galera é incrível, cada um tem uma qualidade em especial, cada um vai fazer falta em determinado momento na minha vida.


Nossa, são tantos que é difícil citar um por um e, mais difícil ainda, saber que estarei longe deles,que já têm um pedaço do meu coração. Quero mais copa,mais Curitiba, quero mais momentos assim!










Dia 16 - Último macth day = eu quero mais Copa!

Dia 26 de junho de 2014. Rússia versus Argélia, um dia resumido em aperto no peito, lágrimas, palavras bonitas, trabalho puxado e muito amor. No jogo mais válido dos quatro acontecidos na arena, Rússia precisava da vitória para passar às oitavas, Argélia precisava do empate. Trabalhei na tribuna novamente nesse jogo. Subimos às 13h30, o jogo era às 17h. Consegui dar uma passeada pela praça onde peguei mais alguns broches para minha credencial. Tirei fotos com falsos russos, que na verdade eram brasileiros fantasiados. O clima no centro de voluntários era maravilhoso nesse último match Day. Mesas do refeitório lotadas, o CD do dia era de Seu Jorge, emoção em cada sorriso e cada bom dia que eu recebia e fornecia. 

Hora da partida. Muitos repórteres que só falavam em francês e mesmo assim entendiam meu olhar disposto a ajudá-los. A torcida argelina estava incrível, levaram até sinalizadores, cantavam “1,2,3, VIVA ARGERIE”, e junto aos 11 jogadores empataram a partida, eliminando a Rússia do Mundial. Um torcedor conseguiu ultrapassar a barreira de Stwearts e abraçar um dos jogadores em plenos acréscimos do segundo tempo. O juiz paralisou a partida e finalizou o jogo. Teve jornalista que quase me abraçou de emoção. Ganhei mais um broche de um repórter uruguaio, estava feliz. A vitória da Argélia foi minha vitória, e a emoção era pelo último apito final que ouviria ao vivo nessa Copa. 

De volta ao SMC, fui convocada a fazer meu último mag and bag, que me privou da diversão de fotos conjuntas no gramado da arena. Às 22h tivemos nosso último briefing com Leo e Manu, e com todos os voluntários de operações de imprensa. O clima era, inevitavelmente, duro e de despedida. Presenteamos os estrangeiros do grupo, que nos proporcionaram palavras incríveis. Ouvimos o agradecimento de nossos coordenadores. Abraçamos. Choramos. Sentimos a dor que nos esperava. Vimos a necessidade de uma recuperação pós-copa. 

Bom, depois disso subimos no centro de voluntários, onde estava tendo a festa da Budweiser para nós. Mas quando digo “nós”, devo excluir os voluntários de mídia, que ficaram trabalhando até 23hr e não chegaram a tempo da festa, o que não fiz a mínima questão, pois estava bem lamentável. Bom, saímos de lá, como família que somos, e fomos numa churrascaria, comemos bem, nos divertimos e marcamos o churrasco de amanhã, o da despedida final. 






Dia 15 - PCR e último MD-1

Dia 25 de junho de 2014. Mais um Match Day – 1. Hoje participei da Press Conference da Argélia. Quem falou pelo time foi o técnico. Nunca tinha participado de uma coletiva antes, foi bem tranquilo, e tudo em francês. Nesse dia percebemos a dificuldade que teríamos com os argelinos que, em sua maioria, só compreendiam o francês. Os russos falavam inglês normalmente, então o contato era mais fácil. Porém, um defeito deles é com a higiene. Foi difícil conviver com a maioria dos russos que pareciam não tomar banho há dias. Saí da Arena às 18hr com a dor no coração que será comparecer amanhã ao último Match Day. 



Dia 14 - Vitória da Colômbia e O Barba!

Dia 24 de junho de 2014. Mais um dia de folga com direito a jogo da Colômbia e muita festa. Fiquei a manhã toda em casa e às 17hrs fui ao Bar do Colombiano com meus amigos de lá, torcer pelo país latino-americano e dar boas risadas com a torcida animada que está aqui no Brasil. 

Depois do jogo, fomos todos ao Barba, é tipo uma sanduicheria de Curitiba. Comi um chamado Mary Read, uma delícia de lanche com batatas fritas e molho barbecue. A cidade está repleta de australianos e lá não foi diferente. Os animados polacos estão em todos os lugares, mais animados que nunca e pulando como seus cangurus. Pessoas muito gentis, bacanas e de alto-astral. 

A convivência com diversas culturas, das mais variadas, me faz amadurecer meu pensamento e a aceitar cada vez mais as pessoas como são, além de enxergar a importância do ser humano em geral. Estar longe de casa me fez mais humana. Chegar em uma cidade sem conhecer ninguém é difícil, imaginar que você fará amigos para toda a vida, é impossível, e foi isso que aconteceu comigo na melhor Copa do Mundo. 

Sou londrinense e afirmo que Curitiba recebeu os turistas de braços abertos e cada voluntário pôde se sentir em caa, mesmo estando muito longe da terra natal. Estou fazendo parte da equipe de Operações de Imprensa de Curitiba e, com os 62 voluntários da minha área, aprendi porque "carinho inspira carinho". Ao receber uma garrafa de água, ao cruzar olhares fraternos, ao ganhar abraços acolhedores, ao sentir-se em família, ao ajudar e ser ajudado em funções midiáticas, ao ser elogiado por um jornalista, ao elogiar as outras áreas que fazem a Copa acontecer... 

Dia 13 - Espanha x Austrália e muita festa no Largo da Ordem

Dia 23 de junho de 2014. Hoje foi o dia de mais um jogo, Espanha x Austrália. Dentre os jogos, foi o com nível técnico melhor, mesmo sendo apenas cumprimento de tabela. Pude ver o Pique e Fernando Torres, além de todos os jogadores australianos e espanhóis bem de pertinho. Fiquei na tribuna novamente, e consegui ver o jogo todo. Dessa vez, ao invés de frio, passei muito calor. Como só temos blusas de mangas compridas, foi tenso, mas valeu à pena. 

O dia foi especial, chegando na arena, além de ganhar o match visa for volunteer e a sacolinha com comidinhas pro dia todo, ganhamos também o Fuleco! Um bonequinho a coisa mais linda, tirei foto com o fuleco de verdade, e hoje almocei às 16h, ou seja, o dia foi pegado. Mas foi ótimo. 

Saindo da Arena às 19h, fomos todos conhecer o Largo da Ordem, que há muito eu tinha vontade. Fomos no bar do alemão, no chafariz e acabamos parando na Villa Bambu, lugarzinho simpático e com muitos gringos. Interagimos com a maioria deles, e foi bem bacana treinar o inglês e o espanhol. 

Me divirto muito com o pessoal de mídia, e cada vez tenho mais medo da saudade que sentirei disso tudo. Fiquei sabendo que na quinta teremos um festa exclusiva no nosso centro, com patrocínio da Budweiser, muitas comida, bebida e show de brindes. Cheguei em casa lá pela uma da manhã e amanhã tenho dia de folga!